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A maioria das atividades é de fácil resolução, indico sempre que o professor o faça primeiro para ver o aplicabilidade em determinada turma. Como os pedidos de gabaritos são muitos, não tenho como responder a todos.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Usar água sim: desperdiçar nunca-Texto (argumentativo) para interpretação

Esse texto não é novo, mas muito atual.

Usar água sim; desperdiçar nunca

O verão veio bravo. Ninguém aguenta o calor. É tempo de piscina, praia, refrescos, sorvetes e muito desperdício de água.

Esse mau hábito não é novo. Ao ler uma instrutiva reportagem publicada pelo "Estado" (6/2/2006), fiquei estarrecido ao saber que o consumo por pessoa em São Paulo é de 200 litros por dia, bem superior aos 120 litros recomendados pela ONU.

Em 2005, o consumo de água na região da Grande São Paulo aumentou 4% em relação a 2004. Só em dezembro, foram consumidos 128 milhões de metros cúbicos de água - o maior consumo desde 1997.

É uma soma fantástica e sinalizadora de muito desperdício. Os repórteres responsáveis pela reportagem mencionada "flagraram" muitas pessoas lavando as calçadas com mangueira a jato em lugar de vassoura. Trata-se de um luxo injustificável. No consumo doméstico, cerca de 72% da água são gastos no banheiro e, neste, o chuveiro responde por 47%. Os banhos exageradamente demorados desperdiçam água e energia elétrica.

domingo, 19 de outubro de 2014

Como nasce a crônica


Tive o prazer de conhecer o escritor Ignácio de  Loyola Brandão em um evento. No bate-papo com o escrito (Projeto do governo de São Paulo, ele contou que sempre traz consigo  um caderninho no qual anota tudo que acha interessante: conversas, pessoas, acontecimentos e de repente, nasce um crônica a partir de uma situação do cotidiano.  Qualquer assunto pode virar uma crônica bem interessante. Ele aconselha a quem quer escrever, sempre ter um caderninho em mãos...


Um pouco mais sobre esse ícone da literatura brasileira:


Biografia
Ignácio de Loyola Lopes Brandão (Araraquara SP 1936). Romancista, contista, cronista e jornalista. Filho do ferroviário Antônio de Maria Brandão e da dona de casa Maria do Rosário Lopes. Na infância e adolescência usufrui da pequena biblioteca montada pelo pai. Com a publicação de uma crítica de cinema no jornal A Folha Ferroviária, em 1952, inicia sua carreira de jornalista. Ainda em sua cidade natal, conhece o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa (1937), com quem escreve um romance, Os Imigrantes, jamais concluído. Em 1957, muda-se para São Paulo e trabalha no jornalÚltima Hora. Aficionado por cinema, em 1961, atua como figurante no longa-metragem O Pagador de Promessas, do cineasta Anselmo Duarte (1920),  Palma de Ouro no Festival de Cannes, França, e , em 1963, viaja para Roma com a intenção de tornar-se roteirista na Cinecittà. De volta a São Paulo, estréia no mecado editorial, em 1965, com a coletânea de contos Depois do Sol e, três anos depois, lança seu primeiro romance, Bebel que a Cidade Comeu, logo adaptado para o cinema.  Edita, em 1972, a revista Planeta, primeiro periódico esotérico do Brasil. No mesmo ano, com dificuldades para publicar o romance Zero no Brasil, lança-o na Itália, com o auxílio da professora Luciana Stegagno Picchio. O livro sai no Brasil somente em 1975 e é recolhido no ano seguinte pela censura, sendo liberado apenas em 1979. Entre 1979 e 1990, afasta-se do jornalismo para viver exclusivamente de seu trabalho como escritor. Retoma a carreira como diretor de redação da revista Vogue, na qual permanece até 2005. Em maio de 1996, em decorrência de um aneurisma cerebral, submete-se a uma cirurgia de 11 horas, experiência relatada no livro Veia Bailarina, publicado no seguinte. Em 2005, passa a escrever crônicas no jornal OEstado de S. Paulo. (http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa282/ignacio-de-loyola-brandao)
Seu último livro Solidão no fundo da agulha que traz imagens do fotógrafo Paulo Melo Jr. e um CD com canções interpretadas pela cantora Rita Gullo.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Interpretação 6º ano - O pequeno Nicolau (trecho adaptado)

Aproveitando que tem SARESP agora em novembro, estou adaptando vários textos usados nas provas mais antigas, mesclando as questões do SARESP com outras que vou usar com as turmas do 6º ano e para a produção de um pequeno texto (a proposta está após as questões), que depois poderão socializar com os outros alunos.


Uma lembrança para guardar com carinho

Hoje de manhã todo mundo chegou muito contente na escola, porque nós vamos tirar uma fotografia da classe, que vai ficar de lembrança para a gente guardar por toda a vida, como a professora disse. Ela também disse para todo mundo vir bem limpo e penteado. Eu entrei no pátio recreio cheio de brilhantina na cabeça. Todos os meus amigos já estavam lá e a professora estava brigando com o Godofredo, que veio vestido de marciano. O Godofredo tem pai muito rico,
compra todos os brinquedos que ele quer. O Godofredo estava dizendo para a professora que queria de todo jeito ser fotografado de marciano e que, senão, ele ia embora.
O fotógrafo também já estava lá com a máquina, e a professora disse para ele andar logo, porque senão a gente ia perder a aula de matemática. O Agnaldo, que é o primeiro da classe e o queridinho da professora, disse que seria uma pena não ter aula de matemática, porque ele gosta muito e tinha feito todos os problemas. O Eudes, um colega muito forte, queria dar um soco no nariz
       

domingo, 12 de outubro de 2014

Com vontade de voar - Interpretação 5º/ 6º ano

Vi esse texto muito tempo atrás, resolvi usá-lo para trabalhar os elementos da narrativa, e considerando as sugestões de atividades da editora, elaborei algumas questões. O texto é adaptado, o ideal é ler o livro, já que a ilustração é muito importante, e certamente poderá desenvolver outras atividades. 


COM VONTADE DE VOAR


              A menina brincou tudo que tinha direito e aí... “rrrrróóóóíiiimmmm”- era a fome feito bicho reclamando na barriga
              Foi logo pulando o portão da sua casa e ouviu a vizinha - de –cá:
              -Eta menina,livre como passarinho!
              Catou uma goiaba e subiu na mangueira. Chegou perto do galho onde pendurada, ficava a gaiola do amigo Chico Passarinho.
              A menina dividiu a metade da fruta com ele:
              -Come tudo viu filhote!
              Aí ela foi achando o Chico demais de aflito, dum poleiro pro outro batendo as asas de tão forte, perdendo penas no chão. Nem deu trela pra goiaba.
              De repente feito eco a frase se repetia: “Livre como um passarinho!” Livre como?!
              Ficou assim pensativa... “Ai que ruim que deve ser morar dentro da gaiola o dia todo, todo dia! Não quis saber de mais nada, uma vontade foi crescendo... Abriu a portinhola, pegou o Chico e o ergueu pelo ar:
              - Se manda, amigo, se manda que o mundo é teu!Livra-se da gataria e de tudo que “pirigar”!
              Ele voou por abacateiro, achou sem grade pra amiga, cantando descarrilhado, e voou.
              Depois a menina sentiu uma coisa esquisita ao ver a gaiola vazia – e agora? Lembrou-se que o passarinho não era seu e sim de seu pai. A saudade embolada no medo de apanhar.
              Começou a chorar baixinho e depois bem alto toda aquela confusão que sentia que sentia.
              Quando seu pai chegou, ela falou que ia contar uma coisa, mas se ele prometesse não ficar nem bravo nem triste.
              O pai foi ouvindo em vez de ficar triste, agradou a cabeça dela e sorriu.
              -Ah que coisa mais bonita! O Chico a estas alturas já deve estar no mato. Não faz muito tempo que o compadre Bizu trouxe o Chico, que caçou lá pras bandas -de Uiui –Dá dez minutos de carro .O nosso amigo voando, a estas alturas já deve estar lá, falou o pai olhando no relógio.
              -O compadre é nosso amigo, mas ele tem um defeito de querer que o passarinho cante só pra ele- era a mãe chegando com o leite quentinho. Disse também que para curar essa saudade do passarinho só o tempo dava jeito.
              Ficaram ali os três até a menina dormir.
              Veio a manhã seguinte, outras e outras mais, deixando a saudade sarar.
Sabiás – laranjeiras, pardais, bem-te-vis e tiés soltos na galharia foram deixando, de novo aquele quintal feliz
                                      (Adaptado do livro Com vontade de voar, de Claúdia F. Pacce, Ed.Moderna,1991.)

1.Sublinhe as expressões ou palavras que você não conhece. Faça uma lista e dê o significado (se precisar use o dicionário, mas  possível saber o significado de algumas só pela leitura).
2.Identifique no texto:

As três partes - história que ensina conceitos matemáticos, além de divertir

Olha só que sensacional para trabalhar com os pequenos. A narrativa da história permite, além do envolvimento das crianças, a apreenderem vários conceitos matemáticos.




Parte da coleção Lagarta Pintada