Além de trabalhar as estratégias argumentativas, esse texto é ótimo para uma discussão sobre o cigarro. Após o texto, há a sugestão de atividade.
Quando o
assunto é cigarro, é preciso ser radical e dizer não
"Tenho
13 anos e quero comprar meu primeiro maço de cigarros. Já peguei algumas vezes cigarro dos meus amigos
e achei legal. Na escola, fumo escondido. Meus pais também não me deixam fumar,
mas os dois são fumantes há um tempão. Por que essa falsidade em relação ao
cigarro?"
Se você acompanha esta coluna, já percebeu que, em geral, temos respostas bastante ponderadas para nossos leitores. Incentivamos sempre a autonomia de cada um, desde que administrada com responsabilidade, e evitamos o tradicional "faça isso ou não faça aquilo". Mas, desta vez, vamos ser categóricos: caia fora dessa e não compre seu primeiro maço de cigarros.
Por quê? O cigarro é composto por uma droga (nicotina) que tem o poder de tornar as pessoas dependentes com muita facilidade. Além dela, o cigarro tem centenas de compostos químicos que, com o passar dos anos, vão atacando seu corpo. Só para citar algumas das consequências do hábito de fumar: enfisema pulmonar, câncer de pulmão e bexiga, alteração dos vasos sanguíneos, infartos, derrames e impotência sexual.
As pesquisas mostram que, quanto mais nova a pessoa é quando começa a fumar, mais chances ela tem de se tornar dependente. A nicotina faz com que o corpo sinta falta do cigarro. Quando passa uma ou duas horas sem dar uma tragada, a pessoa começa a passar mal: sua, sente dor de cabeça, ansiedade, nervosismo, dificuldade de concentração etc. Esses são sinais de abstinência. É como se o seu corpo desse sinais de que precisa de mais nicotina. Daí a vontade incontrolável de acender mais um.
A moçada começa a fumar porque acha que pega bem. O garoto que fuma acha que
parece mais maduro. Pode até se sentir mais controlado e mais seguro (efeito da
nicotina). Na verdade, ele está fazendo uma grande bobagem. Está entrando em
uma história que, para ser superada, pode levar, em média, uma década -tempo
suficiente para produzir belos estragos em sua saúde.Se você acompanha esta coluna, já percebeu que, em geral, temos respostas bastante ponderadas para nossos leitores. Incentivamos sempre a autonomia de cada um, desde que administrada com responsabilidade, e evitamos o tradicional "faça isso ou não faça aquilo". Mas, desta vez, vamos ser categóricos: caia fora dessa e não compre seu primeiro maço de cigarros.
Por quê? O cigarro é composto por uma droga (nicotina) que tem o poder de tornar as pessoas dependentes com muita facilidade. Além dela, o cigarro tem centenas de compostos químicos que, com o passar dos anos, vão atacando seu corpo. Só para citar algumas das consequências do hábito de fumar: enfisema pulmonar, câncer de pulmão e bexiga, alteração dos vasos sanguíneos, infartos, derrames e impotência sexual.
As pesquisas mostram que, quanto mais nova a pessoa é quando começa a fumar, mais chances ela tem de se tornar dependente. A nicotina faz com que o corpo sinta falta do cigarro. Quando passa uma ou duas horas sem dar uma tragada, a pessoa começa a passar mal: sua, sente dor de cabeça, ansiedade, nervosismo, dificuldade de concentração etc. Esses são sinais de abstinência. É como se o seu corpo desse sinais de que precisa de mais nicotina. Daí a vontade incontrolável de acender mais um.
E seus pais são falsos? Provavelmente não! Eles querem evitar que você entre em uma situação de que vai ser difícil sair. Por experiência própria, eles já devem ter sentido o quanto é duro largar o cigarro. O que complica é que eles, fumantes, tentam impor a você uma proibição ao cigarro. Filhos de pais que fumam têm maior probabilidade de se tornarem dependentes de cigarro.
Que tal inverter o jogo e pedir que eles também deixem o cigarro? Hoje, novos métodos (remédios que controlam a vontade de fumar), terapia breve de apoio e reposição de nicotina são alternativas para facilitar a vida do fumante que quer largar o cigarro. Sugira a eles que procurem um médico.
Só para terminar: em raras ocasiões a gente diz aqui o que a pessoa deve ou não fazer. Se a gente disse isso hoje para você, é por convicção absoluta de que você não precisa comprar seu primeiro maço de cigarro para se sentir mais legal. Muito pelo contrário, esse é um passo para anos de muita dor de cabeça. É isso!
Jairo Bouer.
In: Folha de São Paulo. Caderno Folhateen, 7 mar. 2003.
O texto
lido foi escrito pelo médico psiquiatra Jairo Bouer, que mantém colunas* em
jornais, sites na Internet e participa de alguns programas de TV, em que
fala de sexo para adolescentes.
* Coluna é
uma seção de jornal ou revista assinada por um especialista em determinado
assunto. Na coluna do Dr. Bouer, ele comenta ou responde carta de leitores.
Após ler o texto, responda:
1. Qual é
a tese (ideia central) do texto?
2.Observe
o título: Quando o assunto é cigarro, é preciso ser radical e dizer não
De acordo
com o texto, o Dr. Jairo Bouer costuma ser “radical”? Retire um trecho do texto
que comprove sua resposta.
3. Para reforçar a sua tese, o
Dr. Jairo Bouer apresenta alguns argumentos (razões). Identifique quatro
argumentos para o adolescente não comprar seu primeiro maço de cigarros.
4. Segundo o texto,
a) Quais são as consequências do hábito
de fumar?
b)Que tipos de tratamento podem
ajudar os fumantes?
5.E quais são os sintomas de
abstinência?
6. Considerando
a fonte e a autoria do texto e diga se o artigo merece credibilidade. Por quê?
7.Provavelmente, pais fumantes que proíbem o filho de fumar não são falsos.
Como o
texto justifica essa ideia?
8. Você
concorda com a razão apresentada pelo médico?
9. No último
parágrafo o Dr. Bouer reafirma o que ele
havia dito anteriormente. Qual é o objetivo disso?
10. Crie dois argumentos
diferentes do autor, reforçando a ideia principal do texto.
Discussão:
Mesmo sabendo que cigarro faz mal à saúde, por que cada vez cresce o número de adolescentes começam a fumar?
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